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Operação mira suspeitos da morte de cabo eleitoral; traficante preso em Bangu participou de comício de vereador por videoconferência

Operação Pleito Mortal investiga a morte do cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Moraes e visa cumprir 9 mandados de busca a apreensão na Câmara de Vereadores de Campos, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, e em outros endereços.
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 18/09/2024 11:12
  • Autor: G1

O Ministério Público do Rio e a Polícia Civil fazem uma operação para cumprir 9 mandados de busca a apreensão contra suspeitos da morte de um cabo eleitoral em Campos, no Norte Fluminense, em julho deste ano. O vereador Bruno Fernando Santos de Azevedo, conhecido como Bruno Pezão, é um dos alvos da operação.

Há mandados sendo cumpridos na Câmara de Vereadores de Campos, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, e em outros endereços. Segundo a polícia, na casa do vereador foram apreendidos celulares, cerca de R$ 400 mil, e uma pistola.

A Operação Pleito Mortal investiga a morte do cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Moraes, 69 anos, o ‘Aparício’, executado com 8 tiros dentro de seu carro, na Estrada de Campo Novo, em São Sebastião, na Baixada Campista.

Traficante participou de comício da cadeia

Segundo as investigações, o traficante José Ricardo Rangel de Oliveira, conhecido como Ricardinho, preso em Bangu há mais de 10 anos, participou de um comício de Bruno Pezão por videoconferência um dia antes do crime.

A transmissão foi feita direto de Bangu para o comício, com foto do traficante sendo projetada no telão. A Câmara de Vereadores de Campos afirmou que colabora com as investigações.

"Mais uma vez, nosso amigo Ricardinho aqui, está acompanhando ao vivo, só tenho a agradecer. Vou estar passando a palavra agora para o nosso vereador Bruno Pezão, que ficou encantado com essa reunião bonita. Eu perguntei ao Ricardinho: 'Ricardinho, pode filmar esse povo bonito?'. 'Pode filmar tudo isso aí, que vai rodar os quatro cantos de Campos", disse um assessor do vereador no evento.A ação é comandada pelo Grupo de Atuação Especializada de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco) e pela 134 ª DP (Campos).

De acordo com as investigações, antes de morrer, Aparecido estava fazendo campanha para o candidato a vereador Diego Dias, concorrente de Bruno Pezão. Além do vereador, são alvos da operação o chefe de gabinete, assessores, e um traficante de drogas que está preso em Bangu há mais de 10 anos.Aparecido tinha domínio em dois colégios eleitorais: Valeta e Venda Nova, ambos em Campo Novo e, antes de morrer, tinha selado acordo político a Diego Dias, concorrente de Bruno Pezão.TV Globo tenta contato com a defesa do vereador e dos outros suspeitos de envolvimento no crime.